DAS PLANTAS VIEMOS, ÀS PLANTAS RETORNAREMOS

"Em meio à névoa espessa de uma manhã enigmática, o homem, perdido em seus sentimentos de perda, na vastidão de uma mata primordial, se confronta com o eterno enigma de sua existência: de onde viemos e para onde retornaremos? Essa indagação, ecoada por eras, encontrou múltiplas respostas em diversas crenças criadas para acalmar a angústia humana. No entanto, na quietude da natureza, o homem pensa em suas origens e tem uma epifania. Percebe uma conexão ancestral, uma verdade tão simples e, ao mesmo tempo, profundamente significativa: “Das plantas viemos, às plantas retornaremos”. Ele encontra calma inesperada, na percepção aguda que se instala em seu espirito; somos todos parte desse ciclo eterno, filhos da terra, da água, do amor, que nos dá a vida e que depois nos recolhe e acolhe. A bruma se dissipa, a certeza de nossa origem e destino se torna uma verdade tranquilizadora, um fundamento perante o vasto mistério do universo".